Monday, May 28, 2007

Dos riscos.

"Eu e tu. um cabo de aço fininho. pouco tempo e luz quase nenhuma. eu e tu. um jogo. a certeza de que é fácil, muito fácil, perder. o jogo. o equilíbrio. fecha os olhos, dizes. fecha os olhos, abre os braços como se fossem asas e vem. um pé e depois o outro. não penses. respira apenas o essencial. sentes o meu calor que te espera deste lado, sentes? então vem. devagarinho. um pé e depois o outro. equilibra-te com o que tens, menino. não podes contar com mais nada. lá em baixo não há redes. não tens páraquedas nem coisa que te valha. és só tu e as coisas em que acreditas. tu e o perigo. a vida é feita de riscos, menino. ninguém disse que era fácil, pois não? então vem. confia. arrisca. se caires, morres. não tens redes nem páraquedas, lembras-te? não dói, portanto. é só uma pancada seca que te parte o pescoço. dois segundos até que respires pela última vez. não sentes nada, vês? arrisca. o que é que tens a perder? só tens a ganhar. deste lado estou eu, de mão estendida à tua espera. não abras os olhos. sim, estou cada vez mais perto. mas se não confiares, se abrires os olhos à minha procura, é certo que vais desequilibrar-te e cair. sem rede, menino. e a coragem? e o peito aberto aos desafios? e o lutar pelo que queres? se o preço a pagar é a incerteza de que chegas vivo ao final da linha, paga-o. não tens nada a perder. em última análise, pode depois não ter valido a pena. mas não perdes nada. chegas ao lado de cá e percebes que não valeu a pena. desces as escadas e segues o teu caminho sem olhar para trás. e o que podes ganhar? um futuro. uma vida. um novo campo de jogo. novas premissas. novos desafios. ou o sonho que sempre procuraste e que sempre achaste demasiado longínquo. um pé e depois o outro. braços abertos como asas. a respiração certa. equilíbrio. sem rede. no fio da navalha. coragem. a de sempre. a tua. coragem."

[Por: Lénia Rufino]

Sunday, May 27, 2007

And I stare at you
You wear nothing but you
Wear it so well


[Dave Matthews Band]

Beleza no feminino [IV].


[Eva Longoria]




Os amores (ditos) impossíveis.

crescem na proporção contrária às possibilidades do mundo.

Saturday, May 26, 2007

Dos cumprimentos.

Penso sobre os cumprimentos que fazemos aos outros, quando nos cruzamos na rua, no café, onde for. Já não falo dos conhecidos, mas dos amigos. Quando lançamos um "Tudo bem?", a que nos referimos? À família, à faculdade, à estabilidade emocional? Ao gato, ao piriquito? A quê? Tendemos a generalizar e raras são as vezes em que nos retribuem com mais do que um simples "Tudo bem!", mesmo quando as coisas estão tudo menos bem. Na generalidade, parece-me que as pessoas perderam a capacidade e a paciência para ouvir os outros, deixaram de ter espaço nas suas vidas para conversas consistentes, para se descentrarem um pouco de si mesmas. Simples e aparentemente, já não se permitem a isso.
Não sei se sou eu que estou errada, mas definitivamente não me fico pelo "Tudo bem!". Faço parte do grupo daquelas (raras) pessoas que quando nos perguntam como estamos, esperam uma resposta.

Nunca percebi muito bem.

esse conceito de relações abertas ou o medo ou apreensão que algumas pessoas têm relativamente ao namoro, ao casamento, ao compromisso. Fala-se destes últimos como se de uma relação fechada se tratasse, cheia de muralhas inacessíveis, uma perfeita e cerrada prisão.

Discordo.

Uma relação pode ser permeável, estando em comunhão com os outros que nos rodeiam. E nem deve ser de outra forma, não seria saudável e duradoura. Além disso, não vejo nada de mais LIVRE do que um poder ir... e escolher ficar.

A maior de todas as batalhas.

está dentro de nós.

A good man.

is one who knows what he feels, says what he means and means what he says.

[Hasidic Saying]

Thursday, May 24, 2007

Tuesday, May 22, 2007

Leve.

Ensina-me a não andar com os pés no chão. Diz-me se é perigoso ser feliz.

[Beatriz, Chico Buarque]

There are always Flowers...


For those who want to see them.

Parabéns.

Patreca e Pracana.

Hoje é aquele dia, tremenda e DUPLAmente especial.

Porque há amores indizíveis e indecifráveis: obrigada por terem vindo ao mundo e, consequentemente, por existirem no meu. Amo-vos.

Monday, May 21, 2007

Tenho amigos.

que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles...
Porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles...mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E, às vezes, quando os procuro, noto que eles não têm noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí, e tornaram-se alicerces do meu encanto pela vida...

Saturday, May 19, 2007

Dias melhores.

'vivemos esperando dias melhores, dias de paz, dias a mais, dias q n deixaremos para trás! vivemos esperando o dia em q seremos melhores, melhores no amor, melhores na dor, melhores em tudo'.

[Jota Quest]

Friday, May 18, 2007

Beleza no feminino [III].







[ Eva Mendes]

18.

Quanto mais alto me elevo no que temos, mais pequeno vejo o que não gosto!

Agora eu sou mais eu.

'Depois há um dia, ou uma música, em que me lembro que eu sou eu. Que quem eu sou é quem eu fui. Que o que quero é o que não tive. E o que sinto é diferente. E que não procuro nada que não seja verdadeiramente meu ou para mim. E o que não me chegar aos lábios é porque nunca foi feito para me dar a mão.'

[Porque há pessoas únicas, que conseguem transportar para as palavras, aquilo que os sentimentos nos dizem tão bem...! Obrigada, Soi.
in http://das-nuvens.blogspot.com/]

Thursday, May 17, 2007

Gosto de sentir a mudança das estações.

Porque me sinto a crescer de ano para ano, às vezes apenas em meio ano, quando olho para trás e vejo quanto mudou a minha vida.

' Há mulheres que Amam e sabem esperar.


E há homens que querem, mas não as sabem guardar...!"







[Margarida Rebelo Pinto]

Monday, May 14, 2007

Dá-me os teus sonhos...

Para eu brincar com eles...!

Eterno.

' é tudo aquilo que dura uma fracção de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgatará '.

O que eu queria.

era ser alpinista de montanhas abstractas.

Tuesday, May 8, 2007

Quero um fio.

quero um fio que me conduza ao centro da vida e trazer ao de cima tudo o que existe lá dentro, quero o coracão do mundo, quero o que mora no interior do interior, transformar em letras o que nao tem letra nenhuma..."

[António Lobo Antunes]

Sunday, May 6, 2007

About me:


'Hagas lo que hagas,

lo que tenga que pasar, pasara'.

Saturday, May 5, 2007

Para quê aceitar migalhas,

quando podemos ter o bolo todo ?

Friday, May 4, 2007

Beleza no feminino [II].
















Mais uma mulher linda de morrer!

[Camila Pitanga]

Não há amores impossíveis.




Se é impossível é porque nãoamor.









[Emprestado, daqui:http://ventriculosemiocardios.blogspot.com/]

A côr.

é um elemento lúdico. No preto e branco reside a estrutura, aquilo que está livre de aparência...!"

Todas as estórias têm um lado preto e um lado branco. A vida também podia ser assim: preto no branco, pão-pão-queijo-queijo; ou simples, como um negativo de fotografia, reproduzível vezes sem conta.

Mas não é. A realidade às vezes fica-se antes pelos cinzentos, entorpecidos e pouco transparentes; com poucas resoluções.

[E ignorar ou tentar contrariar isto é como esperar que o mar não seja salgado].

Tenho saudades.

Tenho saudades de ser pequenina. De ter o mundo à minha frente e só ver coisas boas. Das histórias da avó ao adormecer, nas quais eu acreditava piamente, sem contestar; das canções de embalar. Tenho saudades de ficar em casa dos avós, de desenhar fatos para as bonecas e fazer teatros com os mil bonecos que guardavam sempre para mim; de calçar (roubar) os sapatos altos da avó e sair à rua com a sua mala, sentindo-me como gente crescida e, mais, acreditando que (já) o era. Tenho saudades dos batôns e das vaidosices; das formas e castelos na areia e de correr em biquinhos de pés com a mãe, pela praia do Alvor; dos filhos dos amigos dos pais, com quem brincava; das paixonetas de Verão, sobre as quais fantasiava; dos sapatos de pano e dos fatos da moda que mais pareciam fraldas. Tenho saudades de brincar às escondidas nas ruas do Cartaxo; dos meus primos; de ir à vizinha como quem vai a mais uma divisão da casa. Tenho saudades de ver a Rua Sésamo; de comer papa Cerelac e rapar com o dedo os restos dos bolos que a avó fazia para vender; de usar bóias e braçadeiras e de querer aprender a nadar; tenho saudades dos sugus e dos chocolates Regina, de morango, que só a vizinha oferecia; tenho saudades de cobiçar os gelados alheios nos Verões, depois de já ter comido o meu; tenho saudades das poças de água na praia e de mim feito peixe no mar; tenho saudades de acreditar piamente em fadas e heróis; tenho saudades de chorar e vibrar com os filmes da Disney; tenho saudades das Barriguitas, das casas e enredos que construía para as Barbies, dos Pinipons, de vestir os Nenucos; de acreditar e esperar o Pai Natal, fazendo-lhe listas e cartas infindáveis; de espreitar as prendas às escondidas, tentando adivinhar o que tinha cada embrulho; tenho saudades de usar bóinas e laços no cabelo; de cumprir promessas à mãe, quando tinha de deixar algo para mim tão sagrado, como a chucha; tenho saudades dos fins-de-semana em casa das amiguinhas, na pré ou na primária, quando já me sentia tão independente e importante; tenho saudades das aulas de culinária e de costura do Externato do Parque; dos escorregas e dos pinos; dos esconderijos e dos segredos; tenho saudades da irmã Elvira, das pinturas no atelier, da imensidão do Colégio, perante os meus olhos de pequenina; tenho saudades das aulas de música; de tocar piano; das inúmeras festas que ofereciamos aos pais; tenho saudades do refeitório; das orações; do momento sagrado do dia - o do bolo de açúcar a 20$; tenho saudades das exposições dos desenhos e das prendas que faziamos no dia da mãe e do pai; tenho saudades de aprender o alfabeto e as regiões do nosso país; tenho saudades de espreitarmos a horta do colégio, às escondidas; tenho saudades de jogar ao elástico; do docéu cor-de-rosa do meu quarto da Av. Columbano; das torradas e fitas em casa das amigas; do momento alto que era o dia do nosso aniversário, por ser o único em que não usávamos a bata preta; tenho saudades do Carnaval, de preparar e viver o fato, encarnando a personagem; tenho saudades da ginástica, da t-shirt amarela e das Olímparquíadas; dos hinos que cantávamos com convicção e alegria; das confissões ao Padre; das missas; dos valores que nos eram incutidos. Tenho saudades das Doroteias, dos amigos que trazia de antes e dos de depois; do intervalo das 10h; dos almoços que evitávamos e das voltas ao colégio; tenho saudades dos testes, das aulas e dos bancos dos corredores; tenho saudades de sair à noite e só poder ir até certa hora, quando o pai nos ia buscar; tenho saudades dos esquemas que arranjávamos para concretizar desejos e desafios; tenho saudades das danças de salão; do espectáculo de fim-de-ano, antes do Verão; tenho saudades dos recados e reforços na caderneta; da ticosa e dos testes de Francês que copiávamos sem dó nem piadade; tenho saudades das pautas e de receber 4's e 5's no fim do trimestre; tenho saudades do professor Dário; de subir as escadarias das Calvanas; do convívio no bar; dos chocolates Twix e dos croissants de creme com amêndoa torrada; da sala dos professores; do recreio e dos campos de futebol; do cartão amarelo que não nos deixava 'abandonar o recinto'; dos meninos mais velhos, que impunham tanto respeito e pareciam tão inalcansáveis; do teatro e dos ensaios; dos "namoros" às escondidas; das cusquices; das coisas que se usavam na altura; dos rapazes giros que galávamos; da chegada e saída do colégio; da mãe ou o Leonel me deixarem de manhã; das brigas e das amizades perdidas e recuperadas. Tenho saudades dos Verões no Alvor; das saídas memoráveis e incomparáveis para a Horta 2; de me chamarem Patroínha; de dançar sem parar as músicas dos 80's. Tenho saudades de mudar, de me sentir a evoluir... de crescer!; tenho saudades do Maria Amália; de ter mudado de realidade; da liberdade que também me trouxe mais responsabilidade; dos croissants com chocolate do Sr. Martins e das idas à Sardinheira em horas de furo; tenho saudades dos professores; dos almoços e passeios nas Amoreiras; das saídas para o Garage; dos amigos novos; das novas concepções da altura, de lutar com muita garra para entrar na faculdade; das explicações de química e de Matemática, quando me esforçava e fazia todo o livro de exercícios só para não chumbar; de cantar o English Man in New York na aula de Inglês, de fotocopiar as folhas de ponto antes dos testes; de preencher os cabeçalhos e de ficar nervosa com as idas ao quadro.

Tenho saudades de tanta coisa...

Tenho saudades de tudo o que já fui...

Tenho saudades minhas.

Não chega.

Amar aqueles que amamos quando é fácil. Temos de (aprender a) amá-los também quando é difícil. Quando erram, quando os defeitos estão bem a vista e, até, quando menos o merecem.

Thursday, May 3, 2007

Kiks.

Still miss you... and Love you more! *

Wednesday, May 2, 2007

Metades.

Que a força do Medo que tenho, não me impeça de ver o que anseio. Que a morte de tudo em que acredito, não me tape os ouvidos e a boca, pois metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.

Que a Música que ouço ao longe, seja linda ainda que tristeza. Que quem eu amo seja para sempre amado, mesmo que distante. Porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo, não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor, apenas respeitadas, como de uma mulher inundada de sentimento. Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora, se transforme na calma e na paz que eu mereço. Que essa tensão que me corrói por dentro, seja um dia recompensada, porque metade de mim é o que penso, e a outra metade um Vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, que o espelho reflicta em meu rosto um doce sorRiso, que não seja preciso mais que uma simples alegria, para me fazer aquietar o espírito e que o teu silêncio me fale cada vez mais. Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba, e que ninguém a tente complicar, porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer. Porque metade de mim é plateia, e a outra metade é a canção.

E que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor, e a outra metade também.

[Oswaldo Montenegro]

Tuesday, May 1, 2007

Beleza no feminino [I].

Mulher que é mulher...

Sabe reconhecer a beleza dos outros seres femininos!


[Jacinta Barrett]

There are hundreds of Languages in the World,

but a smile speaks them all.